A xerose urémica é uma complicação dermatológica crónica comum em doentes com insuficiência renal crónica, particularmente em diálise renal.
dos doentes que fazem diálise renal sofrem de xerose
dos doentes sofrem de xerose severa
Conteúdos
A pele fica seca, áspera, gretada e escamosa. A xerose urémica afeta particularmente as pernas, costas, peito e mãos. Está frequentemente associada a prurido severo.
A xerose está presente em aproximadamente 75% da população de diálise renal. A xerose urémica pode ser leve (30-40% dos doentes), moderada (35-50%) ou severa em 15-30% dos doentes¹
Na maioria dos casos, desaparece após um transplante de rins.
A causa continua desconhecida, mas acredita-se que se deve a vários fatores: desidratação da pele, alteração da função de barreira cutânea, irritação devido a substâncias externas (por exemplo, tensioativos em sabonetes) ou substâncias internas como a acumulação de toxinas urémicas (como os produtos que resultam da degradação de proteínas ligadas à dieta, por exemplo)².
O cuidado baseia-se principalmente na otimização das condições em que a diálise é realizada, mas também na aplicação diária de emolientes para melhorar sintomas. Esta complicação deve ser tratada pelo dermatologista e pelo nefrologista, ao mesmo tempo que melhora a qualidade de vida dos doentes de diálise³.
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O DEXERYL creme emoliente pode ser usado para proteger a pele e cuidar dos sinais e sintomas da pele seca, particularmente no contexto da xerose urémica.
Fontes:
1) Balaskas E., Szepietowski J.C., Bessis D., Ioannides D., Ponticelli C., Ghienne C., Taberly A., Dupuy P. Randomized, double-blind study with glycerol and paraffin in uremic xerosis Clin J Am Soc Nephrol. 2011; 6(4): 748-52
2) Szepietowski, J. C. (2004). Uraemic xerosis. (Xerose urémica.) Nephrology Dialysis Transplantation, 19(11), 2709-2712. https://doi.org/10.1093/ndt/gfh480
3) Dahbi N, Hocar O, Akhdari N, Amal S, Bassit N, Fadili W, et al. Skin manifestations in chronic haemodialysis patients. (Manifestações da pele em doentes crónicos que fazem hemodiálise.) Nephrol Ther 2014; 10: 101-5
